Como a minha genética influencia no meu peso?

Como a minha genética influencia no meu peso?

Porque algumas pessoas reagem tão bem às restrições alimentares e outras não conseguem sequer pensar em restrição? Será que as pessoas que não conseguem fazer restrições alimentares são menos “esforçadas” do que aquelas que conseguem?

Pois eu digo que grande parte de como a pessoa reage a certas situações tem a ver com a genética. Um dos genes que mais tem influência no comportamento alimentar é o MC4R (receptor de melanocortina – 4), pessoas que apresentam o alelo C têm maior tendência a hiperfagia, ou seja, ao consumo excessivo de comida, a comer por ansiedade. Pessoas com este perfil tem 42% maior risco de obesidade, justamente por não saberem a hora de parar de comer. Além disso, este gene também influencia no metabolismo de carboidratos, logo pessoas com este alelo tem mais tendência à hiperinsulinemia e à obesidade precoce. Geralmente estas pessoas são as que menos respondem à cirurgia bariátrica .

Outro gene também muito falado quando se trata de obesidade é o FTO (fat mass and obesity associated), que além de atuar em como o corpo acumula a gordura, também atua no controle da saciedade, pessoas com o alelo T são mais beneficiadas, ou seja, tem maior saciedade, logo conseguem comer menos.

Nossos genes comandam o nosso corpo?

Sim! Não é somente no comportamento alimentar que a genética influencia, nossos genes também podem mandar em como nosso corpo vai reagir em casos de restrição calórica, reganho de peso (o famoso efeito sanfona) e até mesmo como o corpo reage com a atividade física.

Para algumas pessoas, basta fazer uma dieta com um deficit calórico e o corpo responde, o emagrecimento acontece, como num passe de mágica, para outras pessoas isso já é bem mais complicado, tanto para emagrecer quanto para manter o peso após o emagrecimento.

Alguns genes da obesidade e ganho de peso

O FTO (fat mass and obesity associated) – é um dos genes mais estudados quando o assunto é obesidade, em uma de suas variantes mais estudas, quem tem o alelo A tem maior risco de ter obesidade ainda na infância. Pessoas nesta condição além de não responderem bem a alguns tipos de dieta, como por exemplo, as muito restritas em carboidratos, também tem uma facilidade em armazenar a gordura, ou seja, aumento do tecido adiposo.

APOA2 – é outro gene também envolvido na obesidade, onde indivíduos que possuem o alelo C tem tendência a um IMC mais elevado.

ADIPOQ – neste gene, pessoas com o alelo G tem maior risco de reganho de peso, ou seja, para dificultar a vida, além de ser difícil perder, também é fácil ganhar outra vez. O cuidado tem que ser constante.

SLC2A2 – as pessoas que tem o alelo T geralmente tem maior desejo por alimentos doces, e pessoas com o perfil desfavorável no gene TAS1R3 tem menor sensibilidade ao sabor doce, logo também têm a tendência a colocar mais açúcar do que o necessário nos alimentos e bebidas. Imagine uma pessoa que tem o perfil desfavorável tanto em um quanto em outro, com certeza ela precisa fazer um esforço muito maior para resistir a um chocolate do que quem não sofre influências negativas destes genes.

Esses perfis são, sim, pedrinhas no caminho para quem quer emagrecer, mas lembrando que genética não é destino, nós temos estratégias para contornar essas pedrinhas, que para alguns podem ser pedregulhos.

Está curioso quanto ao seu perfil genético e como melhorar a sua alimentação e condição física baseado na sua genética? Podemos fazer uma avaliação em consulta e agendar um teste genético e posteriormente preparar um plano específico para sua necessidade, aquilo que precisa modular, evidenciar e evitar! Porque condição genética não é destino!



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